(mordidas mansas)














(por vezes bravas)



morder
 
os legumes
e o cacau,
à beira-mar,
em dias
e dias
de enganos;
afundando
ao vento
cogumelos
duns e doutros;
sem nada
de nada
ao colo
e recortando
fotos
de cães.

sacudindo
dias
de conversas
no camarote.

comendo
causas,
políticas
e erros
de um lado
e do outro;
fixando
de repente
o que tem
a praia:
letras
e girafas.



morder
o mundo

 
todos os minutos
todas as horas
todas as semanas
em francês
e em inglês



morder
os sons

 
em 5 minutos
debaixo de água
conhecendo
lendo
sentindo
e comprando



morder
as imagens

 
pessoais
amadoras
profissionais
em movimento
brevemente
aqui



morder
as palavras

 
sentidas
no escuro
em busca
de tempo



morder
o passado

 
<< hoje



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segunda-feira, março 15, 2004


Coisas a que ainda não me habituei desde o meu regresso:
- Telemóveis (e o barulho irritante do teclar de mensagens);
- Telenovelas portuguesas ou brasileiras, telejornais de hora e meia e quase todo o resto das televisões (afinal a 2 está pouco diferente da RTP2, até o substituto do Acontece sofre do mesmo mal de falar quase só de arte contemporânea e alternativa. Não é assim que vão atrair ou educar alguém.);
- Janet Jackson na TSF (Juro! Está a dar neste momento!);
- Falar em português (ainda saem umas belas calinadas de vez em quando!);
- O pessimismo generalizado (quem tiver boas notícias que se chegue aqui à frente - agradeço).

Jorge Moniz às 14:38 |