(mordidas mansas)














(por vezes bravas)



morder
 
os legumes
e o cacau,
à beira-mar,
em dias
e dias
de enganos;
afundando
ao vento
cogumelos
duns e doutros;
sem nada
de nada
ao colo
e recortando
fotos
de cães.

sacudindo
dias
de conversas
no camarote.

comendo
causas,
políticas
e erros
de um lado
e do outro;
fixando
de repente
o que tem
a praia:
letras
e girafas.



morder
o mundo

 
todos os minutos
todas as horas
todas as semanas
em francês
e em inglês



morder
os sons

 
em 5 minutos
debaixo de água
conhecendo
lendo
sentindo
e comprando



morder
as imagens

 
pessoais
amadoras
profissionais
em movimento
brevemente
aqui



morder
as palavras

 
sentidas
no escuro
em busca
de tempo



morder
o passado

 
<< hoje



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sexta-feira, abril 16, 2004


Nota da Redacção
Alguns leitores escreveram-me preocupados com certos textos que tenho publicado, nomeadamente um de ontem ao almoço. A preocupação só se justifica por serem leitores mais recentes e não estarem a par da linha editorial aqui do canto. Sai portanto um esclarecimento já feito numa ou noutra ocasião, mas que de vez em quando convém de facto repetir:

As coisas com um teor mais íntimo que escrevo aqui são ou pura ficção ou levemente baseadas em acontecimentos reais passados com: desconhecidos que vejo na rua, conhecidos e amigos, ou mesmo comigo. Este último caso é raríssimo, porque a minha vida íntima não a discuto na praça pública. Esses leitores souberam usar um meio de comunicação privado e foram prontamente esclarecidos (e eu agradeço o interesse). O resto não é para se saber nestas linhas.

Outra questão: a comentários anónimos obviamente não respondo e, se se tornarem um hábito, passarei a apagá-los à medida que aparecerem. Haja respeito.

Pedimos desculpa por esta interrupção; a emissão segue dentro de momentos com a programação habitual (telenovelas mexicanas!).

Jorge Moniz às 21:12 |