(mordidas mansas)














(por vezes bravas)



morder
 
os legumes
e o cacau,
à beira-mar,
em dias
e dias
de enganos;
afundando
ao vento
cogumelos
duns e doutros;
sem nada
de nada
ao colo
e recortando
fotos
de cães.

sacudindo
dias
de conversas
no camarote.

comendo
causas,
políticas
e erros
de um lado
e do outro;
fixando
de repente
o que tem
a praia:
letras
e girafas.



morder
o mundo

 
todos os minutos
todas as horas
todas as semanas
em francês
e em inglês



morder
os sons

 
em 5 minutos
debaixo de água
conhecendo
lendo
sentindo
e comprando



morder
as imagens

 
pessoais
amadoras
profissionais
em movimento
brevemente
aqui



morder
as palavras

 
sentidas
no escuro
em busca
de tempo



morder
o passado

 
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sexta-feira, julho 02, 2004


Triângulos amorosos
Há casos em que parece funcionar. Vi vários recentemente. Têm no entanto uma curiosa particularidade: um dos membros é um cão e é essencial a utilização de uma bola de ténis. Passo a explicar: casal humano passa dia na praia acompanhado do seu cão. Um deles atira a bola de ténis para longe, o cão vai buscá-la e devolve-a não a quem a atirou, mas ao outro membro do casal. Este por sua vez atira a bola, o cão vai buscá-la e entrega-a ao primeiro. Não falha. Tenho assistido à cena várias vezes com pessoas diferentes.
A ideia permite até o requinte de adaptar a bola de ténis para incluir pequenos pedaços de papel no seu interior e assim trocar uma espécie de sms artesanais, com aquelas palavras que por vezes dá mais gozo ler ou escrever do que ouvir ou dizer.

Jorge Moniz às 12:56 |