(mordidas mansas)














(por vezes bravas)



morder
 
os legumes
e o cacau,
à beira-mar,
em dias
e dias
de enganos;
afundando
ao vento
cogumelos
duns e doutros;
sem nada
de nada
ao colo
e recortando
fotos
de cães.

sacudindo
dias
de conversas
no camarote.

comendo
causas,
políticas
e erros
de um lado
e do outro;
fixando
de repente
o que tem
a praia:
letras
e girafas.



morder
o mundo

 
todos os minutos
todas as horas
todas as semanas
em francês
e em inglês



morder
os sons

 
em 5 minutos
debaixo de água
conhecendo
lendo
sentindo
e comprando



morder
as imagens

 
pessoais
amadoras
profissionais
em movimento
brevemente
aqui



morder
as palavras

 
sentidas
no escuro
em busca
de tempo



morder
o passado

 
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quinta-feira, fevereiro 17, 2005


Porquê?
Porque sim. Não tem de haver razões maiores do que essa. Acontece, decide-se, pronto. Até nem vale a pena andar muito tempo a pensar no assunto. Num determinado segundo a decisão aparece na mente, no seguinte é tomada e no outro assumida. Depois é só viver com isso e mais nada. É até muito fácil, mais fácil do que parece. Fecha-se uma porta, abre-se outra e da sala anterior já só há um eco distante. Sem arrependimentos. Olhando em frente.

Jorge Moniz às 23:42 |