(mordidas mansas)














(por vezes bravas)



morder
 
os legumes
e o cacau,
à beira-mar,
em dias
e dias
de enganos;
afundando
ao vento
cogumelos
duns e doutros;
sem nada
de nada
ao colo
e recortando
fotos
de cães.

sacudindo
dias
de conversas
no camarote.

comendo
causas,
políticas
e erros
de um lado
e do outro;
fixando
de repente
o que tem
a praia:
letras
e girafas.



morder
o mundo

 
todos os minutos
todas as horas
todas as semanas
em francês
e em inglês



morder
os sons

 
em 5 minutos
debaixo de água
conhecendo
lendo
sentindo
e comprando



morder
as imagens

 
pessoais
amadoras
profissionais
em movimento
brevemente
aqui



morder
as palavras

 
sentidas
no escuro
em busca
de tempo



morder
o passado

 
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quarta-feira, fevereiro 02, 2005


Rádio matinal II
Para compensar, foi deliciosa aquela reportagem da TSF sobre os livros que as pessoas mandam para o lixo. Aos aterros chegam às centenas.

O aterro de Castelo Branco já fez um acordo com a Câmara Municipal, para lhes fornecer os livros encontrados no lixo em bom estado (às vezes autênticas pérolas do ensino de antigamente), sendo outros oferecidos por exemplo a Timor.

Um aterro no Porto já tem também uma biblioteca própria onde guardam os livros que encontram, embora o volume de lixo seja tal, que não é humanamente possível os funcionários recolherem todos os que passam nos tapetes rolantes.

Em Lisboa, uma responsável diz que não fazem qualquer recolha por razões de saúde pública, uma vez que nos eco-pontos azuis ainda aparece muito lixo não celulósico, às vezes mesmo com líquidos que contaminam o restante do papel.

(Renato, temos de falar com um certo gajo sobre isto...)

Jorge Moniz às 11:09 |