(mordidas mansas)














(por vezes bravas)



morder
 
os legumes
e o cacau,
à beira-mar,
em dias
e dias
de enganos;
afundando
ao vento
cogumelos
duns e doutros;
sem nada
de nada
ao colo
e recortando
fotos
de cães.

sacudindo
dias
de conversas
no camarote.

comendo
causas,
políticas
e erros
de um lado
e do outro;
fixando
de repente
o que tem
a praia:
letras
e girafas.



morder
o mundo

 
todos os minutos
todas as horas
todas as semanas
em francês
e em inglês



morder
os sons

 
em 5 minutos
debaixo de água
conhecendo
lendo
sentindo
e comprando



morder
as imagens

 
pessoais
amadoras
profissionais
em movimento
brevemente
aqui



morder
as palavras

 
sentidas
no escuro
em busca
de tempo



morder
o passado

 
<< hoje



e-mail

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quinta-feira, março 17, 2005


Excertos de e-mail recebido da Noruega:
"uma coisa curiosa é que come toda a gente na mesma mesa, é uma mesa enorme comprida e toda a gente sem excepção, o presidente da empresa, directores, o pessoal das obras, tudo à molhada. E cada um arranja o seu almoço. É engraçado ver um tratamento equalitário para toda a gente. Espantoso. Ainda hoje tava a tirar o meu cafezinho com leite de manhã e apareceu por lá o Presidente da empresa e o marmelo deixa cair uma chavena no chão e lá teve ele de pegar na pá e na vassoura e limpar o chão. No fim do almoço cada um limpa a sua parte da mesa e arruma a cadeira. No fim do almoço a sala fica sempre toda limpinha e arrumada. Não há cá empresas de limpeza para andar sempre a limpar."

"Note-se que aqui nunca se houve ninguem conversar com ninguem, salvo rarissimas excepões. Os gajos enfiam as fuças no trabalho e não há mais conversa."

Adenda: como será na Noruega a utilização do msn e dos blogs em horário de expediente...?

Jorge Moniz às 23:22 |