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segunda-feira, janeiro 15, 2007
A casa-de-banho é por excelência um local de reflexão.
Há quem o consiga fazer também no caminho para o trabalho. Mas não é a mesma coisa. Se vamos de carro, há o rádio ligado. Se vamos de transportes ou a pé, há outras pessoas a observar e estudar. No resto do dia temos o cérebro entretido, por isso aqueles minutos em que nos fechamos na casa-de-banho, de manhã, a meio do trabalho, à noite, são diferentes. Não há nada a fazer a não ser olhar para as paredes, contar azulejos, ou esfregar o sabonete. Tudo tarefas com que o cérebro pode lidar de forma inconsciente. E deixar a consciência saltar de neurónio em neurónio aleatoriamente. É na casa-de-banho que aparecem ideias novas, que nos lembramos de algo esquecido, que resolvemos um problema. Nos tempos dos trabalhos de grupo na universidade, chegávamos a estar os quatro bloqueados em frente ao computador. Um colega meu tinha de ir à casa-de-banho e quando saía de lá uns minutos depois dizia "já sei".
Ontem durante o banho tive uma epifania. Vou ressuscitar o blog. (só depois pensei se teria alguma coisa a dizer)
Jorge Moniz às 21:05 |
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