(mordidas mansas)














(por vezes bravas)



morder
 
os legumes
e o cacau,
à beira-mar,
em dias
e dias
de enganos;
afundando
ao vento
cogumelos
duns e doutros;
sem nada
de nada
ao colo
e recortando
fotos
de cães.

sacudindo
dias
de conversas
no camarote.

comendo
causas,
políticas
e erros
de um lado
e do outro;
fixando
de repente
o que tem
a praia:
letras
e girafas.



morder
o mundo

 
todos os minutos
todas as horas
todas as semanas
em francês
e em inglês



morder
os sons

 
em 5 minutos
debaixo de água
conhecendo
lendo
sentindo
e comprando



morder
as imagens

 
pessoais
amadoras
profissionais
em movimento
brevemente
aqui



morder
as palavras

 
sentidas
no escuro
em busca
de tempo



morder
o passado

 
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terça-feira, dezembro 21, 2004


28
Durante meses, o estranho hovercraft com formas de disco voou sobre mar, terra, Terra, estrelas e planetas.
Lá dentro seguia uma bizarra criatura vermelha com quatro braços e alguém que já não tinha medo.
Um dia, hoje, chegaram finalmente ao destino, levantando uma nuvem de pó vermelho ao pousar. A recebê-los estavam o Bugs Bunny e o Sylvester, cada um deles com uma madalena na mão.
Antes de descer as escadas, os viajantes olharam-se e a bizarra criatura vermelha com quatro braços disse:

o teu cheiro chama-me
a tua pele pede-me
os teus lábios lembram-me
de te beijar vinte e sete vezes mais uma
hoje

Jorge Moniz às 09:25 |